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Conheça a emocionante história real por trás do filme “Sempre ao Seu Lado”

Essa amizade eternizada no cinema foi baseada na história emocionante desse cão. Confira.

O cinema, assim como nós também ama os animais e encontra formas de homenagear eles. Das mais alegres e divertidas como Marley e Eu até as mais tristes que arrancam lágrimas e soluços até de gente grande.

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O filme Sempre ao Seu Lado (Hachi: A Dog ‘s Tale), de 2009 com certeza é um dos mais marcantes de todos, e quem assistiu não conseguiu chegar ao final sem soltar uma lágrima.

No entanto, o que muitos não sabem é a origem da história contada no filme. Por mais triste que possa parecer, a tocante história foi baseada em um evento real, que você vai conhecer agora.

Hachiko, o cão

Imagem: Wikimedia Commons

A raça Akita Inu é comum no Japão, principalmente na região norte e montanhosa. E foi por esse motivo que o professor Hidesaburō Ueno o adotou no ano de 1924. Nascido em novembro de 1923, na província de Akita, em Ōdate, o cão foi levado a Tokyo para viver com seu dono.

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Sendo quase como um ritual entre os dois, o cão era visto todos os dias na estação de Shibuya esperando seu dono retornar do trabalho para seguirem juntos para a casa. O cão, além de leal, era pontual e estava sempre na mesma hora esperando seu seu dono.

Quem conhecia o professor e a dupla, sabia que os veria juntos andando para a casa todo dia no mesmo horário, assim como também saíam todo o dia juntos, para que Hachiko o deixasse na estação, que era bem próxima a casa dos dois.

A morte do dono

Imagem: Wikimedia Commons

Foi no dia 21 de maio de 1925 que esse ritual mudou, quando seu dono sofreu um acidente vascular cerebral durante o serviço e acabou falecendo. No entanto, o cão não conseguia lidar com essa situação.

Algumas pessoas contam que durante o velório o cão invadiu a sala, saindo do jardim e quebrando a porta de vidro, para ficar perto de onde o corpo do dono estava. Muitas histórias rondam o acontecimento, mas não se tem conhecimento se todas são reais.

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Outra das histórias diz que na hora de fechar o caixão, o cão pulou junto e se recusou a sair do lado dele. Porém, não há comprovação de que isso de fato aconteceu, mas ainda sim o cão não queria se separar de seu dono.

O começo da espera

Imagem: Wikimedia Commons

Após a morte do professor, o cão foi enviado para morar com seus parentes, e até mesmo com o ex – jardineiro do homem. Como a família morava em Asakusa, o cão fugiu mais de uma vez para retornar a antiga casa que morava com seu dono.

Mesmo com o jardineiro, que conhecia desde filhote, ele se recusou a ficar e retornou à antiga casa por diversas vezes. Ao perceber que o dono não voltaria aquela casa, ele começou a esperar na estação.

Todos os dias, no horário do desembarque, ele era visto lá procurando seu querido dono em meio a multidão. Ele só saía de seu “posto” em caso de fome, e algumas vezes, mesmo assim, não parava de buscar por ele.

Foi então que, anos começaram a passar e os frequentadores acabaram se comovendo. Com isso, passaram a alimentar o cão por lá, tornando a estação a casa dele. O cão esperou, ao todo, por 9 anos e 10 meses o retorno do seu dono.

A lenda de Hachiko

Imagem: Wikimedia Commons

Hachiko morreu em uma rua próxima a estação, e com matérias prévias já publicadas sobre sua história, a notícia de sua morte virou capa do jornal naquele mesmo dia. Até mesmo foi declarado um dia de luto em virtude da morte do cão.

No dia 8 de março de 1935 acabou a espera do cão, que não desistiu de ver seu dono novamente mesmo depois de tanto tempo. Apenas em 2011 foi possível que cientistas confirmaram a causa da morte do animal.

Foi constatado que o cão tinha câncer terminal e infecção por filariose, que levaram sua saúde a ficar debilitada.

Seus restos mortais foram cremados e colocados em uma urna ao lado das de seu dono, enquanto seu pelo foi preservado e empalhado, e atualmente está em exposição no Museu Nacional de Ciência do Japão, em Ueno, Tóquio.

Homenagens ao cão

Imagem: Instagram @hanabi_community

Hachiko foi tão importante que um ano antes de sua morte, em abril de 1934, a estação onde ele esperava seu dono fez uma estátua em homenagem ao cão. O escultor Tern Ando fez uma réplica em Bronze, que foi inaugurada com a presença do neto do professor, e com grande festa.

No entanto, a mesma foi derretida pouco antes da Segunda Guerra Mundial, mas ela foi replicada em 1948, pelo filho do escultor original. O local onde ela está atualmente se tornou um ponto turístico, e é conhecida como “Entrada/Saída Hachiko”.

Até os dias de hoje, todo dia 8 de março é feita uma cerimônia em homenagem a história do cão. A raça, que já possuía fama por sua lealdade, ganhou ainda mais reconhecimento com a história de Hachiko.

Para sempre lembrado

Imagem: Reprodução/Tokyo Weekender

Se você conhecia o filme, mas não sabia que era baseado em uma história real, com certeza sentiu ainda mais emoção ao saber de todos os acontecimentos. Não apenas o filme, a estátua ou poemas, mas diversas homenagens foram feitas a Hachiko.

Apesar de seus últimos anos e toda sua vida terem sido dedicados à memória do homem que o adotou e o amou profundamente, o cão para sempre será lembrado por todos, da mesma forma que nunca esqueceu seu dono.

Em 2015 uma nova estátua foi inaugurada representando o encontro dos dois que nunca aconteceu. Os recursos para a construção foram através de doações de várias pessoas, graças aos alunos da Faculdade de Agricultura da Universidade de Tóquio.